Proteínas

Vamos falar de proteínas? Porque precisamos de proteínas? Comemos proteínas a mais?

O que são?

As proteínas são moléculas orgânicas compostas de aminoácidos que ajudam ao crescimento e reparação de tecidos, na produção de enzimas, hormonas, neuro-transmissores e anticorpos assim como na reposição do gasto energético das células e no transporte de substâncias para o corpo.

As proteínas podem e devem ser consumidas, principalmente se estiverem inseridas numa dieta equilibrada e saudável.

O excesso de alimentos com proteínas sobrecarrega o fígado e os rins além de entupir as artérias devido ao acumular de gordura, o que provoca  um aumento do colesterol. Outra desvantagem em só comer proteínas é que o aumento do consumo faz o corpo perder muita água.

Segundo dados do estudo “EPACI – Estudo do Padrão de Alimentação e de Crescimento na Infância”, as crianças portuguesas registam um consumo de energia superior às recomendações e um consumo de proteína que ultrapassa o dobro do recomendado.

Entre os 12 e os 36 meses, 0 consumo aconselhado de proteínas nesta faixa etária é de 0,8 a 1,2 gramas por quilo de peso (ver notícia completa aqui).

Um adulto requer menos quantidade de proteína  por kg que uma criança. Sendo o valor médio estabelecido em 0,8 g por quilo de peso. Um adukto com 60 kg  necessita de 48g de proteína por dia. o que equivale a dois bifes de frango grelhado de 100g cada.

Entenda-se que 30 g de proteína não é o mesmo que 30 gramas de carne/peixe/ovo/leguminosa. A imagem abaixo ajuda a entender este conceito.

alimentos-proteinas

Ou seja, uma criança de 36 meses, com 15 kg, deveria consumir 18g de proteína, o que equivale a 112,5 g de lentilhas, por exemplo.

Proteína Vegetal VS Proteína Animal

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, numa dieta equilibrada, a ingestão de proteínas deve representar cerca de 15% do total da dieta diária.
A proteína animal tem maior valor biológico, é digerida mais facilmente e o seu consumo excessivo está relacionado com doenças crónicas. Em contrapartida a proteína vegetal tem muito menos gordura é rica em fibras, omega 3 e omega 6 apesar de ter menor conteúdo proteico, o que faz com que seja necessária maior quantidade para satisfazer as necessidades.
Nas tabelas que se seguem podemos comparar ambas as proteínas.

Proteína Vegetal
Quantidade de Proteína vegetal por cada 100 g de alimento.
Proteína animal
Quantidade de Proteína Animal por cada 100g de alimento

Particularidades da Proteína Vegetal

Como já foi referido as proteínas são moléculas compostas por aminoácidos. Existem 20 aminoácidos principais, 9 dos quais são essenciais: isoleucina, leucina, valina, fenilalanina, metionina, treonina, triptofano, lisina e histidina. Estes 9 aminoácidos não são produzidos pelo corpo humano, por isso têm de ser obtidos através da ingestão de alimentos vegetais e animais.

Os alimentos vegetais possuem proteínas incompletas, ou seja, precisam de ser associados de outras fontes vegetais para ser um proteína completa, como por exemplo a combinação de leguminosas (lentilha, feijão e grão de bico) com cereais.

No entanto, uma vez absorvido pelo organismo, a proteína vegetal não se difere da animal. Ambas são absorvidas na sua forma de aminoácidos antes de ser absorvida. Posteriormente esses aminoácidos serão novamente transformados em proteínas pelo nosso organismo. O mesmo acontece com os aminoácidos dos vegetais, que após serem absorvidos se transformam em proteínas.

Concluímos então que uma alimentação omnívora, vegetariana, ovo-lacto-vegetariana ou vegan é saudável, desde que a quantidade de proteína ingerida seja a necessária para o bom funcionamento do organismo.

Mais um ponto a ter em atenção na hora das refeiçoes. Fica a dica!

Fonte: University of Calgary, Department of Chemistry, Organic Chemistry On-Line Learning Center, Chapter 27: Amino Acids, Peptides and Proteins, Terminology and Conventions for Peptides and Proteins.

Bolsover, Stephen R.; Hyams, Jeremy S.; Shephard, Elizabeth A.; White, Hugh A.; Wiedemann, Claudia G (2004). Cell Biology (em inglês) (Hoboken, New Jersey: John Wiley & Sons). p. 191. ISBN 0-471-26393-1.